Num retomar do clássico dos clássico Marie Sellier e Catherine Louis brindam-nos com um miminho de páginas em fole que se interligam, abraçam e fundem numa história recontada e enigmática do Capuchinho Vermelho. O livro molda-se às mãos como um acordeão que se desdobra em notas que são letras, símbolos, recortes e ilustrações.
Uma história que se recorta o olhar pelas sombras chinesas que ganham volume e conferem uma dimensão mágica e evocadora dos nossos medos.
Uma história que se recorta o olhar pelas sombras chinesas que ganham volume e conferem uma dimensão mágica e evocadora dos nossos medos.
Como se não bastasse tudo isto para nos rendermos e sonharmos com este livro, a história em palavras bem emolduradas troca-nos as voltas e desmonta e remonta o fascínio de outros tempos, pela figura franzina e inocente de uma menina com uma capa vermelha. Assim, num imaginário tão sumptuoso como eloquente a avózinha aventura-se pela floresta até ao outro lado da montanha para ir visitar as suas três netinhas, e o que acontecerá??
O ambiente contrastante quente e sombrio do cenário em que a história se move e cresce remonta para um dicotomia de cores (preto e vermelho), que promovem uma expressão crua das emoções mais intrincadas do nosso ser, soltando fantasmas, atiçando medos e descobrindo recantos da nossa própria infância nos olhares de quem se vislumbra como outrora nos vislumbrávamos. A sombra negra e opaca do lobo, que parece gritar e devorar-nos num só gesto,e a serenidade sábia, de um conhecimento que a idade validade, da avozinha elevam-nos para uma dimensão difícil de limitar e conter.
Um livro ideal para uma festa de pijama em família, seja à luz da vela ou debaixo dos lençóis iluminados por uma pequena lanterna deixe-se encantar e enternecer.
A D O R O este livro desde o primeiro dia em que o vi!
ResponderEliminarAbsolutamente magnífico!
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